C.E.E.J.A. “PROF. NORBERTO SOARES RAMOS" – SOROCABA – SP
ATIVIDADE: HINO NACIONAL BRASILEIRO NO
C.E.E.J.A
I –
HISTÓRICO
Hino executado
em continência à Bandeira Nacional e ao presidente da República, ao Congresso
Nacional e ao Supremo Tribunal Federal, assim como em outros casos determinados
pelos regulamentos de continência ou cortesia internacional. Sua execução é
permitida ainda na abertura de sessões cívicas, nas cerimônias religiosas de
caráter patriótico e antes de eventos esportivos internacionais. A música do
hino é de Francisco Manuel da Silva e foi inicialmente composta para banda. Em
1831, tornou-se popular com versos que comemoravam a abdicação de Dom Pedro I.
Posteriormente, à época da coroação de Dom Pedro II, sua letra foi trocada e a
composição, devido a sua popularidade, passou a ser considerada como o hino
nacional brasileiro, embora não tenha sido oficializada como tal. Após a
proclamação da República os governantes abriram um concurso para a
oficialização de um novo hino, ganho por Leopoldo Miguez. Entretanto, com as
manifestações populares contrárias à adoção do novo hino, o presidente da
República, Deodoro da Fonseca, oficializou como Hino Nacional Brasileiro a composição de Francisco Manuel da silva, estabelecendo que a composição de
Leopoldo Miguez seria o Hino da Proclamação da República. Durante o centenário
da Proclamação da Independência, em 1922, finalmente a letra escrita pelo poeta e jornalista Joaquim Osório Duque Estrada tornou-se
oficial. A orquestração do hino é de A. Assis Republicano e sua instrumentação
para banda é do tenente Antônio Pinto Júnior. A adaptação vocal foi feita por
Alberto Nepomuceno e é proibida a execução de quaisquer outros arranjos vocais
ou artístico-instrumentais do hino.
II – ANÁLISE SEMÂNTICA E
SINTÁTICA
HINO NACIONAL BRASILEIRO
Letra: Joaquim Osório Duque Estrada
Música: Francisco Manuel da silva
I
01 Ouviram do
Ipiranga as margens plácidas
02 De um povo heroico
o brado retumbante,
03 E o sol da
Liberdade em raios fúlgidos,
04 Brilhou no céu da
Pátria nesse instante.
Ipiranga: nome do riacho, palavra indígena que significa água
vermelha; plácidas: sossegadas,
tranquilas: heroico: enérgico,
corajoso, próprio de herói; brado:
grito de Dom Pedro I; retumbante:
estrondoso, que ecoa, que retumba, que se repete com estrondo.
Ordem direta dos versos 01 e 02: As margens plácidas do Ipiranga
ouviram o brado retumbante de um povo heroico.
05 Se o penhor dessa
igualdade
06 Conseguimos
conquistar com braço forte,
07 Em teu seio, ó
Liberdade,
08 Desafia o nosso
peito a própria morte!
penhor: garantia, segurança, objeto que se dá para garantia de uma
dívida; em sentido figurado, garantia, prova;
com braço forte: com luta; seio: simbolicamente é a fonte de
grande amor pela liberdade; Desafia: enfrenta, não receia.
Ordem direta dos versos 05, 06, 07 e 08: O nosso peito desafia a
própria morte, em teu seio, ó Liberdade, se conseguimos conquistar o penhor dessa
igualdade com braço forte.
O9 Ó Pátria amada,
10 Idolatrada,
11 Salve! Salve!
versos 09, 10 e 11: saudação ao Brasil.
12 Brasil, um sonho
intenso, um raio vívido
13 De amor e de
esperança à terra desce.
14 Se em teu formoso
céu, risonho e límpido,
15 A imagem do Cruzeiro
resplandece.
intenso: enérgico, ativo; vívido: ardente, vivo, luminoso,
brilhante; límpido: puro, limpo,
desanuviado; resplandece: brilha,
fulgura; Cruzeiro: Cruzeiro do Sul:
constelação austral (que fica do lado do austro, ou sul), formada de 54 (cinquenta e quatro) estrelas, das quais
somente 5 (cinco) são visíveis a olho nu e estão dispostas em forma de cruz.
16 Gigante pela
própria natureza,
17 És belo, és forte,
impávido colosso,
18 E o teu futuro
espelha essa grandeza.
impávido: destemido, que não tem pavor, intrépido, corajoso; espelha: que reflete como um espelho; colosso: gigante (O poeta refere-se ao
famoso monumento “Colosso de Rhodes”
da Grécia antiga: uma estátua de Hélio, o deus Sol, media 46 metros de altura,
toda de bronze e pesava 70 (setenta) toneladas. De pernas abertas, ficava na
entrada do Golfo de Rhodes, uma ilha do mar Egeu; a estátua foi destruída por
um terremoto em 224 a. C.)
Explicação dos versos: 16, 17 e 18: O autor da letra, Osório Duque
Estrada, compara o Brasil a um gigante pela vastidão de sua superfície, pela
pujança de sua natureza, pela força inabalável de sua grandeza.
20 Entre outras mil,
21 És tu, Brasil,
22 Ó Pátria amada!
23 Dos filhos deste
solo és mãe gentil,
24 Pátria amada,
25 Brasil!
Ordem direta dos versos 19, 20, 21 e 22: Tu és terra adorada entre
outras mil (terras), Brasil, ó pátria amada!
Explicação dos versos 19, 20, 21 e 22: Entre numerosas nações,
nossa Pátria é amada, adorada
Ordem direta dos versos 23, 24 e 25: Brasil, Pátria amada! És mãe
gentil dos filhos deste solo.
Explicação dos versos 23, 24 e 25: terra boa, dadivosa, que não
nega nada a seus filhos.
II
27 Ao som do mar e à
luz do céu profundo,
28 Fulguras, ó
Brasil, florão da América,
29 Iluminado ao sol
do Novo Mundo!
berço: pátria; esplêndido:
cheio de luz, de esplendor, magnífico, admirável, grandioso; fulguras: brilhas - verbo fulgurar
(brilhar, cintilar), segunda pessoa do singular; florão: ornato com feitio de flor no centro de um teto = abóbada; Novo Mundo: a América.
Ordem direta dos versos 26, 27, 28 e 29: Ó Brasil, florão da
América! (Tu) Fulguras iluminado ao sol do Novo Mundo, deitado eternamente em
berço esplêndido, ao som do mar e à luz do céu profundo.
30 Do que a terra
mais garrida
31 Teus risonhos,
lindos campos têm mais flores;
32 “Nossos bosques
têm mais vida,”
33 “Nossa vida” no
teu seio “mais amores.”
garrida: enfeitada, alegre, elegante.
Ordem direta dos versos 30, 31, 32 e 33: Teus campos risonhos,
lindos, têm mais flores do que a terra mais garrida: “nossos bosques têm mais
vida”, “nossa vida” (tem) “mais amores” no teu seio.
34 Ó Pátria amada,
35 Idolatrada,
36 Salve! Salve!
Explicação dos versos 34, 35 e 36: o autor da letra repete a
saudação ao Brasil.
37 Brasil, de amor
eterno seja símbolo
38 O lábaro que
ostentas estrelado,
39 E diga o
verde-louro desta flâmula
40 Paz no futuro e
glória no passado.
lábaro: pendão, bandeira; símbolo: objeto a que se dá uma significação
moral, imagem empregada como sinal de alguma coisa; verde-louro: verde-amarelo; flâmula:
bandeira.
Ordem direta dos versos
37, 38, 39 e 40: O verde-louro desta flâmula diga: paz no futuro e glória no
passado.
41 Mas, se ergues da
justiça a clava forte,
42 Verás que um filho
teu não foge à luta,
43 Nem teme, que te
adora, a própria morte.
clava: pau pesado, mais
grosso em uma das extremidades, que se usava como arma; maça; teme: receia.
Ordem direta dos versos 41, 42 e 43: Mas se ergues a clava forte da
justiça, verás que um filho teu não foge à luta, nem quem te adora teme a
própria morte.
Explicação dos versos 41, 42 e 43: A palavra “clava”, empregada no sentido figurado, significa a força que tem a
justiça.
44 Terra adorada,
45 Entre outras mil,
46 És tu, Brasil,
47 Ó Pátria amada!
48 Dos filhos deste
solo és mãe gentil,
49 Pátria amada,
50 Brasil!
Sorocaba, 1 de janeiro de
2019.
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