PRONOMES
CONCEITOS BÁSICOS
Pronome: é a palavra que denota os seres ou se
refere a eles, considerando-os como pessoa do discurso ou relacionando-os com
elas.
Imagine que você precisa redigir um texto narrativo,
por exemplo:
Maria
Eduarda é uma jovem muito
inteligente. Maria
Eduarda mora na Chácara Santa Maria. Maria Eduarda estuda Português,
Matemática, História e Informática.
Você percebeu quantas vezes empregamos o mesmo sujeito
na construção do texto? Quando repetimos muitas vezes uma mesma palavra,
demonstramos que não dominamos o vocabulário da língua portuguesa; não sabemos
substituí-las por sinônimos ou pronomes.
Veja o mesmo texto: Maria Eduarda é uma jovem muito
inteligente que
mora na Chácara Santa Maria. Ela estuda Português, Matemática, História e
Informática.
Na primeira frase empregamos o sujeito “Maria Estela”;
na segunda frase, nós substituímos “Maria Eduarda” por “que” (pronome relativo); na
terceira frase, nós substituímos “Maria Eduarda” por “Ela” (pronome do caso reto).
Dessa forma, o pronome permite identificar o ser como
sendo aquele que utiliza a língua no momento da comunicação (eu, nós),
aquele a que a comunicação é dirigida (tu, você, vós, senhora) ou também como aquele ou aquilo que não
participa do ato comunicativo mas é nele mencionado (ele, ela,
aquilo,
outro,
qualquer,
alguém,
etc). O pronome também pode referir-se a um determinado ser, relacionando-o com
as pessoas do discurso; pode, por exemplo, estabelecer relações de posse ou
proximidade com a primeira pessoa (meu livro, este livro, isto) com a segunda pessoa (teu livro, esse livro, isso) e com a terceira pessoa (aquele
livro, aquilo)
Sintaticamente, os pronomes podem desempenhar as
mesmas funções dos substantivos e dos adjetivos. Quando, nas orações, assumem
as funções desempenhadas pelos substantivos, são chamados pronomes substantivos. Quando
acompanham os substantivos a fim de caracterizá-los ou determiná-los, atuando
assim em funções típicas dos adjetivos, são chamados pronomes adjetivos.
PRONOMES PESSOAIS
Os pronomes pessoais indicam diretamente
as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve assume os pronomes eu ou nós,
usa os pronomes tu,
vós,
você
ou vocês
para designar a quem se dirige e ele, ela, eles, ou elas para fazer referência à pessoa ou pessoas de
quem fala.
Os pronomes pessoais variam de acordo
com as funções que exercem nas orações, dividindo-se em pronomes do caso reto
e do caso
oblíquo.
PRONOMES PESSOAIS DO CASO RETO
Pertencem
ao caso reto os pronomes pessoais que nas orações desempenham as funções de
sujeito ou predicativo do sujeito:
SINGULAR
|
PLURAL
|
|
primeira
pessoa
|
eu
|
nós
|
segunda
pessoa
|
tu
|
vós
|
terceira
pessoa
|
ele, ela
|
eles, elas
|
EXEMPLOS PRÁTICOS:
Eu não suportaria tantas ofensas. (primeira
pessoa do singular = sujeito “Eu”)
Tu não suportarias tantas ofensas. (segunda
pessoa do singular = sujeito “Tu”)
Ele não suportaria tantas ofensas. (terceira
pessoa do singular = sujeito “Ele”)
Ela não suportaria tantas ofensas. (terceira
pessoa do singular = sujeito “Ela”)
Nós não suportaríamos tantas ofensas. (primeira
pessoa do plural = sujeito “Nós”)
Vós não suportaríeis tantas ofensas. (segunda
pessoa do plural = sujeito “Vós” – pode ser usado apenas para uma pessoa como
um tratamento cerimonioso. Ex.: “Vós sois o caminho, a verdade e a vida.” )
Eles não suportariam tantas ofensas. (terceira
pessoa do plural = sujeito “Eles”)
Elas não suportariam tantas ofensas. (terceira
pessoa do plural = sujeito “Elas”)
PRONOMES PESSOAIS DO CASO
OBLÍQUO
Pertencem ao caso oblíquo os pronomes
pessoais que nas orações desempenham as funções de complemento verbal (objeto direto ou
indireto) ou complemento nominal. Os pronomes do caso oblíquo
variam de forma de acordo com a tonicidade com que são pronunciados nas frases
da língua, dividindo-se em átonos e tônicos.
PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS
SINGULAR
|
PLURAL
|
|
primeira pessoa
|
me
|
nos
|
segunda pessoa
|
te
|
vos
|
terceira pessoa
|
o, a, se, lhe
|
os, as, se, lhes
|
EXEMPLOS PRÁTICOS
Comprei um carro e vendi-o no mesmo dia. (“o” =
pronome oblíquo átono que está substituindo a palavra “carro”, o objeto direto da ação)
Não me desrespeite, filho!. (“me” = pronome oblíquo átono da
primeira pessoa do singular)
Ele se aborrece por pouca coisa. (“se” =
pronome oblíquo átono da terceira pessoa do singular = reflexivo)
Seu filho não lhe obedece. (“lhe” = pronome oblíquo átono da
terceira pessoa do singular equivalente ao objeto
indireto da ação)
Recebi os negativos e enviei-os ao laboratório. (“os” =
pronome oblíquo átono da terceira pessoa do plural que está substituindo a
palavra “negativos”,
o objeto direto
da ação)
PRONOMES OBLÍQUOS TÔNICOS
SINGULAR
|
PLURAL
|
|
primeira pessoa
|
mim
|
nós
|
segunda pessoa
|
ti
|
vós
|
terceira pessoa
|
ele, ela, si
|
eles, elas, si
|
OBSERVAÇÕES
1.
Os pronomes do caso oblíquo tônicos são sempre precedidos por preposições como a, até, contra, de, em, para, por, sem (a combinação com com alguns desses pronomes
originou as formas especiais comigo, contigo, consigo, conosco e convosco). As preposições essenciais
introduzem sempre pronomes pessoais do caso oblíquo e nunca
pronomes do caso reto.
Exemplo:
Não
há mais nada entre mim e ti.
2.
Há construções em que a preposição, apesar de surgir
anteposta a um pronome,
serve para introduzir uma oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos, o verbo
pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um pronome, deverá ser do caso
reto:
Exemplo:
Trouxeram várias peças para eu verificar.
3.
As formas conosco
e convosco
são substituídas por com nós e com vós quando os pronomes pessoais são reforçados
por palavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou algum numeral:
Exemplos:
Você
terá que viajar com
nós todos.
Ele
disse que iria com
nós três.
4.
O pronome si
é exclusivamente reflexivo no português do
Brasil. O mesmo ocorre com a forma consigo.
Exemplos:
Ele
é muito egoísta: só pensa em si.
Ela
freqüentemente conversa consigo mesma em voz alta.
2.3
PRONOMES DE TRATAMENTO
São pronomes que, apesar de indicarem a pessoa a quem
se está dirigindo a palavra (portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na
terceira pessoa.
Pronome de tratamento
|
Abreviatura
|
Usado para dirigir-se a
|
Vossa
Alteza
|
V.
A.
|
príncipes
e duques
|
Vossa
Eminência
|
V.
Em.ª
|
Cardeais
|
Vossa
Excelência
|
V.
Ex.ª
|
altas
autoridades e oficiais-generais
|
Vossa
Magnificência
|
V.
Mag.ª
|
reitores
de universidades
|
Vossa
Majestade
|
V.
M.
|
reis,
imperadores
|
Vossa
Santidade
|
V.
S.
|
Papa
|
Vossa
Senhoria
|
V.
S.ª
|
tratamento
cerimonioso
|
OBSERVAÇÕES
1.
As formas da relação acima são usadas para designar a segunda pessoa; para
designar a terceira pessoa, é necessário substituir Vossa por Sua, obtendo os pronomes Sua Alteza,
Sua Eminência,
Sua Excelência,
etc.
2.
Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. O senhor e a senhora são empregados no tratamento
cerimonioso; você
e vocês,
no tratamento familiar. Você e vocês são largamente empregados no português do
Brasil, praticamente substituindo as formas tu e vós.
3.
Os pronomes de tratamento utilizam o verbo e outros pronomes de terceira
pessoa:
Exemplo:
Vossa
Excelência decidiu
apresentar seus
projetos?
PRONOMES POSSESSIVOS
São aqueles que indicam aquilo que pertence a cada uma
das pessoas gramaticais do discurso:
Singular:
1ª pessoa: meu, minha, meus, minhas
2ª pessoa: teu, tua, teus, tuas
3ª pessoa: seu, sua, seus, suas
Plural:
1ª pessoa: nosso, nossa, nossos, nossas
2ª pessoa: vosso, vossa, vossos, vossas
3ª pessoa: seu, sua, seus, suas
Leia
os versos a seguir de uma canção de Lenine
Ela é minha festa
Meu requinte
A única ouvinte
Da minha rádio nacional
Ela é minha sina
O meu cinema
A tela da minha cena
A cerca do meu quintal
(“Meu amanhã”. http://letras.terra.com.br/lenine/83606/.)
Observe que a letra da canção é uma
homenagem que o eu lírico faz à mulher amada. Para dar uma ideia do que ela
representa para ele, o eu lírico utiliza várias metáforas, associando a mulher
a elementos de seu mundo: “minha festa”, “meu requinte”, “minha
sina”, “meu
cinema”, etc.
Palavras como minha e meu indicam posse e concordam em
gênero e número com a coisa possuída – festa,
requinte, sina, etc. – e também com a pessoa que fala, ou seja, com o eu
lírico, que é 1ª pessoa.
Meu e minha são pronomes possessivos.
Nas expressões “minha festa”, “meu requinte”, “minha
sina”, “meu
cinema”, etc. da canção, minha e meu acompanham substantivos e, por isso, são pronomes
possessivos adjetivos.
Quando o pronome possessivo substitui um substantivo,
ele é pronome possessivo substantivo. Veja:
Meu carro está sem estepe. (pronome adjetivo)
O seu
tem estepe? (pronome substantivo)
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
São aqueles que situam pessoas ou coisas
em relação às três pessoas gramaticais do discurso. Essa localização pode se
dar no tempo, no espaço ou no próprio texto.
Pronomes demonstrativos variáveis: este, esta,
estes, estas, esse, essa, esses, essas, aquele, aquela, aqueles, aquelas.
Pronomes demonstrativos invariáveis: isto, isso,
aquilo.
Para empregar os pronomes demonstrativos
adequadamente, é necessário considerar as pessoas do discurso e aquilo que se
fala ou se escreve.
Veja:
Em
relação ao espaço:
Este(s), esta(s) e isto indicam o que está perto da pessoa que
fala:
Este relógio de bolso que eu estou usando pertenceu a meu
avô.
Este
aqui é Graciliano Ramos, meu escritor preferido.
Esse(s), essa(s) e isso indicam o que está perto da pessoa com
quem se fala:
Traga-me essa fotografia de Graciliano Ramos que está aí ao seu lado.
Mamãe, passe-me, por favor, essa revista que está perto de
você.
Aquele(s), aquela(s) e aquilo indicam o que está
distante tanto da pessoa que fala como da pessoa com quem se fala:
Aquela fotografia lá
naquela parede é de Graciliano Ramos.
Olhem aquela casa. É um exemplo da arquitetura
colonial brasileira.
Em
relação ao tempo:
Este(s), esta(s) e isto indicam o tempo presente em relação à
pessoa que fala:
Esta tarde irei ao supermercado fazer a compra do mês.
Esse(s), essa(s) e isso indicam o tempo passado, mas
relativamente próximo à época em que se situa a pessoa que fala:
Essa noite dormi mal, tive pesadelos horríveis.
Aquele(s), aquela(s), aquilo indicam um afastamento no
tempo, referido de modo vago ou como tempo remoto:
Naquele tempo, os filhos das classes abastadas iam estudar em
Portugal.
Em
relação ao falado ou escrito ou ao que se vai falar ou escrever:
Este(s), esta(s) e isto são empregados quando se quer fazer
referência a alguma coisa sobre a qual ainda se vai falar:
São estes os assuntos da reunião: informes gerais,
discussão do uso das quadras nos intervalos entre as aulas, abertura da cantina
aos sábados.
Esse(s), essa(s) e isso são empregados quando se quer fazer
referência a alguma coisa sobre a qual já se falou:
Sua participação nas olimpíadas de Matemática, isso
é o que mais desejamos agora.
Este
e aquele
são empregados quando se faz referência a termos já mencionados; aquele
para o referido em primeiro lugar e este para o referido por último:
Pedro e Paulo são alunos que se destacam na classe: este
pela rapidez com que resolve os exercícios de Matemática; aquele pela criatividade em
produção de textos.
Observe
que:
para “Este”, empregamos o advérbio de lugar aqui. (perto do falante).
para “essa”, empregamos o advérbio de lugar aí. (perto do ouvinte).
Para “Aquela”, empregamos o advérbio de lugar lá. (longe do falante e do ouvinte).
São também pronomes demonstrativos o, a, os, as,
quando equivalem a isto, isso, aquele, aquela, aqueles, aquelas; mesmo, próprio, quando reforçam pronomes pessoais ou
fazem referência a algo expresso anteriormente; tal e semelhante, quando equivalem a esse,
essa,
aquela:
Exemplos:
Imagino o que ela já sofreu. (= aquilo)
Eu mesma vi a cena repetir-se. (= Eu)
Em tais ocasiões é preciso prudência. (= essas)
PRONOMES INDEFINIDOS
Observe que na frase “A gente tem ótimas sugestões
para quem
não está a fim de fazer nada”, a palavra quem se refere de modo genérico às pessoas que
não estão a fim de fazer nada.
A palavra quem é um pronome indefinido.
Pronomes indefinidos são aqueles que se referem a
substantivos de modo vago, impreciso ou genérico.
Os pronomes indefinidos podem ser variáveis, isto é,
sofre flexão de gênero e número, como, por exemplo, alguns meninos, certas
atitudes, ou invariáveis, como, por exemplo, cada menino, cada
menina, alguém.
Os indefinidos podem também, como a maior parte dos
pronomes ser pronomes substantivos e
pronomes adjetivos.
Veja: Certas pessoas agem como se nunca tivessem nada
a perder.
Certas: pronome indefinido adjetivo.
nada: pronome indefinido substantivo.
Eis o quadro dos pronomes indefinidos de nossa língua:
PRONOMES
INDEFINIDOS
|
||
Variáveis
|
Invariáveis
|
|
algum,
nenhum, todo, outro, muito, pouco, certo, vário, tanto, quanto, qualquer
|
Alguém,
ninguém, tudo, outrem, nada, cada, algo
|
|
Os pronomes indefinidos também aparecem na
forma de locuções: cada um, cada qual, qualquer um, seja qual for,
seja quem
for, todo
aquele que, etc.
PRONOMES INTERROGATIVO
Leia este poema de Fernando Pessoa:
Mais triste do que acontece
É o que nunca aconteceu.
Meu coração, quem o entristece?
Quem o faz meu?
Na nuvem vem o que escurece
O grande campo sob o céu,
Memórias? Tudo é o que esquece.
A vida é quanto se perdeu.
E há gente que não enlouquece!
Ai do que em mim me chamo eu!
(Obra
poética. Rio de Janeiro: Aguilar, 1963. P. 522)
A palavra quem,
empregada no 3º e no 4º versos do poema, refere-se a uma pessoa de forma
indefinida, genérica e imprecisa. Entretanto, além de indefinir, ela tem a
função também de interrogar, perguntar sobre a identidade do ser agente da
tristeza sentida pelo eu lírico.
Quem
é um pronome interrogativo.
Pronomes
interrogativos são os pronomes indefinidos que, quem, qual e (o) que quando empregados em frases
interrogativas.
Os pronomes
interrogativos podem aparecer tanto em perguntas diretas quanto em indiretas e
ser empregados como pronomes substantivos e como pronomes adjetivos.
Veja:
Que
horas são? (interrogativa direta) = pronome interrogativo adjetivo.
Gostaria de
saber quem
falou na reunião. (interrogativa indireta) pronome interrogativo substantivo.
FUNÇÃO SINTÁTICA DOS PRONOMES
Os
pronomes possessivos, demonstrativos, indefinidos e interrogativos, quando são
adjetivos, desempenham a função de adjunto adnominal; quando são substantivos,
desempenham as funções próprias dos substantivos, ou seja, de sujeito, objeto
direto, objeto indireto, etc.
Veja os exemplos:
Empreste-me seu caderno. Esqueci o meu em casa.
seu: pronome possessivo adjetivo = adjunto adnominal
meu: pronome possessivo substantivo = objeto direto
Ninguém imaginava quem era aquele ilustre visitante.
Ninguém: pronome indefinido substantivo = sujeito
quem: pronome interrogativo substantivo =
sujeito
aquele: pronome demonstrativo adjetivo = adjunto adnominal
PRONOMES
RELATIVOS
Leia este texto:
Sempre me
perguntei se a água que gostosamente mata a sede vem do mesmo coco que se rala.
Explica meu consultor para assuntos baianos, José Frazão [...]: a água vendida
vem mais do que coqueiro-anão, aqui introduzido na primeira metade do século
20. Chega aos quatro metros e seu coco verde fornece a água e a fina polpa que
se come de colher. Quando amadurece, diz frazão, o pé em geral não segura a
penca. Os cocos caem, inaproveitáveis.
Já o
coqueiro-da-baía, com cinco séculos de Brasil, que sobe a 30 metros, além da
água do fruto verde, dá o coco maduro, da casca marrom. Com este é que
preparamos delícias como moqueca, arroz de coco, cuscuz. Frazão ensina: pela
cor da palha em cima da penca, o nordestino é capaz de distinguir o coco
pururuca, maduro, mas ainda tenro, com o qual se faz a cocada mais tenra. [...]
(In Mylton Severiano.
Brasil: Almanaque de cultura popular, nº 109)
A frase que
inicia o texto poderia também ter esta redação:
Sempre me perguntei (1ª oração)
se água vem do mesmo coco (2ª oração)
a água gostosamente mata a sede (3ª oração)
o coco se rala. (4ª oração)
Observe que,
nessa redação, o texto ficaria confuso, repetitivo e menos direto. Para se
evitar isso, é possível substituir as palavras repetidas pela palavra que.
Quando substitui
uma palavra ou expressão antecedente, isto é, já mencionada, a palavra que
é um pronome é um pronome relativo.
Pronome relativo
é aquele que liga orações e se refere a um termo anterior – o antecedente.
Eis o quadro dos pronomes relativos:
PRONOMES RELATIVOS
|
||
Variáveis
|
Invariáveis
|
|
o qual, os quais, a qual, as quais, cujo, cujos, cuja,
cujas, quanto, quantos, quanta, quantas
|
Que, quem, onde
|
|
Os pronomes
relativos podem ser precedidos ou não de preposições.
Veja:
[...] seu coco verde fornece a água e a fina polpa que se come de colher
[...] o nordestino é capaz de distinguir o coco pururuca, maduro, mas ainda tenro,
com o qual se faz a cocada mais
tenra.
com: preposição
FUNÇÃO
SINTÁTICA DOS PRONOMES RELATIVOS
Os pronomes
relativos assumem um duplo papel no período: representam um antecedente e
servem de elementos de subordinação na oração que iniciam. Por isso, sempre
desempenham nas orações que iniciam uma função sintática, que pode ser de
sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, adjunto adnominal,
adjunto adverbial, complemento nominal e agente da passiva.
Observe:
O remédio custa muito caro. Eu preciso do remédio. (do remédio
= objeto indireto)
O remédio de que preciso custa muito caro. (que
= objeto indireto)
O pronome relativo cujo funciona geralmente como adjunto adnominal; o relativo onde
como adjunto aderbial.
A família a cujo imóvel se referem mudou-se do Brasil. (cujo
= adjunto adnominal: refere-se à família)
A cidade onde nasci é muito calma e agradável. (onde:
adjunto adverbial)
Fonte: Português – Linguagens – volume 2: William Roberto
Cereja & Thereza Cochar Magalhães
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