terça-feira, 1 de janeiro de 2019


C.E.E.J.A. “PROF. NORBERTO SOARES RAMOS" – SOROCABA – SP

ATIVIDADE: HINO NACIONAL BRASILEIRO NO C.E.E.J.A

I – HISTÓRICO

Hino executado em continência à Bandeira Nacional e ao presidente da República, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal, assim como em outros casos determinados pelos regulamentos de continência ou cortesia internacional. Sua execução é permitida ainda na abertura de sessões cívicas, nas cerimônias religiosas de caráter patriótico e antes de eventos esportivos internacionais. A música do hino é de Francisco Manuel da Silva e foi inicialmente composta para banda. Em 1831, tornou-se popular com versos que comemoravam a abdicação de Dom Pedro I. Posteriormente, à época da coroação de Dom Pedro II, sua letra foi trocada e a composição, devido a sua popularidade, passou a ser considerada como o hino nacional brasileiro, embora não tenha sido oficializada como tal. Após a proclamação da República os governantes abriram um concurso para a oficialização de um novo hino, ganho por Leopoldo Miguez. Entretanto, com as manifestações populares contrárias à adoção do novo hino, o presidente da República, Deodoro da Fonseca, oficializou como Hino Nacional Brasileiro a composição de Francisco Manuel da silva, estabelecendo que a composição de Leopoldo Miguez seria o Hino da Proclamação da República. Durante o centenário da Proclamação da Independência, em 1922, finalmente a letra escrita pelo poeta e jornalista Joaquim Osório Duque Estrada tornou-se oficial. A orquestração do hino é de A. Assis Republicano e sua instrumentação para banda é do tenente Antônio Pinto Júnior. A adaptação vocal foi feita por Alberto Nepomuceno e é proibida a execução de quaisquer outros arranjos vocais ou artístico-instrumentais do hino.


II – ANÁLISE SEMÂNTICA  E SINTÁTICA

HINO NACIONAL BRASILEIRO

Letra: Joaquim Osório Duque Estrada
Música: Francisco Manuel da silva

I

01 Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
02 De um povo heroico o brado retumbante,
03 E o sol da Liberdade em raios fúlgidos,
04 Brilhou no céu da Pátria nesse instante.

Ipiranga: nome do riacho, palavra indígena que significa água vermelha; plácidas: sossegadas, tranquilas: heroico: enérgico, corajoso, próprio de herói; brado: grito de Dom Pedro I; retumbante: estrondoso, que ecoa, que retumba, que se repete com estrondo.

Ordem direta dos versos 01 e 02: As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heroico.
  
05 Se o penhor dessa igualdade
06 Conseguimos conquistar com braço forte,
07 Em teu seio, ó Liberdade,
08 Desafia o nosso peito a própria morte!

penhor: garantia, segurança, objeto que se dá para garantia de uma dívida; em sentido figurado, garantia, prova; com braço forte: com luta; seio: simbolicamente é a fonte de grande amor pela liberdade;  Desafia: enfrenta, não receia.

Ordem direta dos versos 05, 06, 07 e 08: O nosso peito desafia a própria morte, em teu seio, ó Liberdade, se conseguimos conquistar o penhor dessa igualdade com braço forte.

O9 Ó Pátria amada,
10 Idolatrada,
11 Salve! Salve!

versos 09, 10 e 11: saudação ao Brasil.

12 Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
13 De amor e de esperança à terra desce.
14 Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
15 A imagem do Cruzeiro resplandece.

intenso: enérgico, ativo; vívido: ardente, vivo, luminoso, brilhante; límpido: puro, limpo, desanuviado; resplandece: brilha, fulgura; Cruzeiro: Cruzeiro do Sul: constelação austral (que fica do lado do austro, ou sul), formada de  54 (cinquenta e quatro) estrelas, das quais somente 5 (cinco) são visíveis a olho nu e estão dispostas em forma de cruz.

16 Gigante pela própria natureza,
17 És belo, és forte, impávido colosso,
18 E o teu futuro espelha essa grandeza.

impávido: destemido, que não tem pavor, intrépido, corajoso; espelha: que reflete como um espelho; colosso: gigante (O poeta refere-se ao famoso monumento “Colosso de Rhodes” da Grécia antiga: uma estátua de Hélio, o deus Sol, media 46 metros de altura, toda de bronze e pesava 70 (setenta) toneladas. De pernas abertas, ficava na entrada do Golfo de Rhodes, uma ilha do mar Egeu; a estátua foi destruída por um terremoto em 224 a. C.)

Explicação dos versos: 16, 17 e 18: O autor da letra, Osório Duque Estrada, compara o Brasil a um gigante pela vastidão de sua superfície, pela pujança de sua natureza, pela força inabalável de sua grandeza.

 19 Terra adorada,
20 Entre outras mil,
21 És tu, Brasil,
22 Ó Pátria amada!
23 Dos filhos deste solo és mãe gentil,
24 Pátria amada,
25 Brasil!


Ordem direta dos versos 19, 20, 21 e 22: Tu és terra adorada entre outras mil (terras), Brasil, ó pátria amada!

Explicação dos versos 19, 20, 21 e 22: Entre numerosas nações, nossa Pátria é amada, adorada

Ordem direta dos versos 23, 24 e 25: Brasil, Pátria amada! És mãe gentil dos filhos deste solo.

Explicação dos versos 23, 24 e 25: terra boa, dadivosa, que não nega nada a seus filhos.

II

 26 Deitado eternamente em berço esplêndido,
27 Ao som do mar e à luz do céu profundo,
28 Fulguras, ó Brasil, florão da América,
29 Iluminado ao sol do Novo Mundo!

berço: pátria; esplêndido: cheio de luz, de esplendor, magnífico, admirável, grandioso; fulguras: brilhas - verbo fulgurar (brilhar, cintilar), segunda pessoa do singular; florão: ornato com feitio de flor no centro de um teto = abóbada; Novo Mundo: a América.

Ordem direta dos versos 26, 27, 28 e 29: Ó Brasil, florão da América! (Tu) Fulguras iluminado ao sol do Novo Mundo, deitado eternamente em berço esplêndido, ao som do mar e à luz do céu profundo.
  
30 Do que a terra mais garrida
31 Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
32 “Nossos bosques têm mais vida,”
33 “Nossa vida” no teu seio “mais amores.”

garrida: enfeitada, alegre, elegante.

Ordem direta dos versos 30, 31, 32 e 33: Teus campos risonhos, lindos, têm mais flores do que a terra mais garrida: “nossos bosques têm mais vida”, “nossa vida” (tem) “mais amores” no teu seio.

34 Ó Pátria amada,
35 Idolatrada,
36 Salve! Salve!

Explicação dos versos 34, 35 e 36: o autor da letra repete a saudação ao Brasil.

37 Brasil, de amor eterno seja símbolo
38 O lábaro que ostentas estrelado,
39 E diga o verde-louro desta flâmula
40 Paz no futuro e glória no passado.

lábaro: pendão, bandeira; símbolo: objeto a que se dá uma significação moral, imagem empregada como sinal de alguma coisa; verde-louro: verde-amarelo; flâmula: bandeira.

Ordem direta dos versos 37, 38, 39 e 40: O verde-louro desta flâmula diga: paz no futuro e glória no passado.

41 Mas, se ergues da justiça a clava forte,
42 Verás que um filho teu não foge à luta,
43 Nem teme, que te adora, a própria morte.

clava: pau pesado, mais grosso em uma das extremidades, que se usava como arma; maça; teme: receia.

Ordem direta dos versos 41, 42 e 43: Mas se ergues a clava forte da justiça, verás que um filho teu não foge à luta, nem quem te adora teme a própria morte.

Explicação dos versos 41, 42 e 43: A palavra “clava”, empregada no sentido figurado, significa a força que tem a justiça.

44 Terra adorada,
45 Entre outras mil,
46 És tu, Brasil,
47 Ó Pátria amada!
48 Dos filhos deste solo és mãe gentil,
49 Pátria amada,
50 Brasil!










Benedito Pistila
Sorocaba, 1 de janeiro de 2019. 


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