segunda-feira, 7 de agosto de 2017



PRONOMES



CONCEITOS BÁSICOS

        Pronome: é a palavra que denota os seres ou se refere a eles, considerando-os como pessoa do discurso ou relacionando-os com elas.

Imagine que você precisa redigir um texto narrativo, por exemplo:

Maria Eduarda é uma jovem muito inteligente. Maria Eduarda mora na Chácara Santa Maria. Maria Eduarda estuda Português, Matemática, História e Informática.

Você percebeu quantas vezes empregamos o mesmo sujeito na construção do texto? Quando repetimos muitas vezes uma mesma palavra, demonstramos que não dominamos o vocabulário da língua portuguesa; não sabemos substituí-las por sinônimos ou pronomes.

Veja o mesmo texto: Maria Eduarda é uma jovem muito inteligente que mora na Chácara Santa Maria. Ela estuda Português, Matemática, História e Informática.  

Na primeira frase empregamos o sujeito “Maria Estela”; na segunda frase, nós substituímos “Maria Eduarda” por “que” (pronome relativo); na terceira frase, nós substituímos “Maria Eduarda” por “Ela” (pronome do caso reto).

Dessa forma, o pronome permite identificar o ser como sendo aquele que utiliza a língua no momento da comunicação (eu, nós), aquele a que a comunicação é dirigida (tu, você, vós, senhora) ou também como aquele ou aquilo que não participa do ato comunicativo mas é nele mencionado (ele, ela, aquilo, outro, qualquer, alguém, etc). O pronome também pode referir-se a um determinado ser, relacionando-o com as pessoas do discurso; pode, por exemplo, estabelecer relações de posse ou proximidade com a primeira pessoa (meu livro, este livro, isto) com a segunda pessoa (teu livro, esse livro, isso) e com a terceira pessoa (aquele livro, aquilo)
       
Sintaticamente, os pronomes podem desempenhar as mesmas funções dos substantivos e dos adjetivos. Quando, nas orações, assumem as funções desempenhadas pelos substantivos, são chamados pronomes substantivos. Quando acompanham os substantivos a fim de caracterizá-los ou determiná-los, atuando assim em funções típicas dos adjetivos, são chamados pronomes adjetivos.  

PRONOMES PESSOAIS

        Os pronomes pessoais indicam diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve assume os pronomes eu ou nós, usa os pronomes tu, vós, você ou vocês para designar a quem se dirige e ele, ela, eles, ou elas para fazer referência à pessoa ou pessoas de quem fala.
        Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que exercem nas orações, dividindo-se em pronomes do caso reto e do caso oblíquo.

PRONOMES PESSOAIS DO CASO RETO

        Pertencem ao caso reto os pronomes pessoais que nas orações desempenham as funções de sujeito ou predicativo do sujeito:


SINGULAR
PLURAL
primeira pessoa
eu
nós
segunda pessoa
tu
vós
terceira pessoa
ele, ela
eles, elas
  
EXEMPLOS PRÁTICOS:

        Eu não suportaria tantas ofensas. (primeira pessoa do singular = sujeito “Eu”)
        Tu não suportarias tantas ofensas. (segunda pessoa do singular = sujeito “Tu”)
        Ele não suportaria tantas ofensas. (terceira pessoa do singular = sujeito “Ele”)
        Ela não suportaria tantas ofensas. (terceira pessoa do singular = sujeito “Ela”)

        Nós não suportaríamos tantas ofensas. (primeira pessoa do plural = sujeito “Nós”)

        Vós não suportaríeis tantas ofensas. (segunda pessoa do plural = sujeito “Vós” – pode ser usado apenas para uma pessoa como um tratamento cerimonioso. Ex.: “Vós sois o caminho, a verdade e a vida.” )

        Eles não suportariam tantas ofensas. (terceira pessoa do plural = sujeito “Eles”)

        Elas não suportariam tantas ofensas. (terceira pessoa do plural = sujeito “Elas”)

PRONOMES PESSOAIS DO CASO OBLÍQUO

        Pertencem ao caso oblíquo os pronomes pessoais que nas orações desempenham as funções de complemento verbal (objeto direto ou indireto) ou complemento nominal. Os pronomes do caso oblíquo variam de forma de acordo com a tonicidade com que são pronunciados nas frases da língua, dividindo-se em átonos e tônicos.

 PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS


SINGULAR
PLURAL
primeira pessoa
me
nos
segunda pessoa
te
vos
terceira pessoa
o, a, se, lhe
os, as, se, lhes

EXEMPLOS PRÁTICOS

Comprei um carro e vendi-o no mesmo dia. (“o” = pronome oblíquo átono que está substituindo a palavra “carro”, o objeto direto da ação)

Não me desrespeite, filho!. (“me” = pronome oblíquo átono da primeira pessoa do singular)

Ele se aborrece por pouca coisa. (“se” = pronome oblíquo átono da terceira pessoa do singular = reflexivo)

Seu filho não lhe obedece. (“lhe” = pronome oblíquo átono da terceira pessoa do singular equivalente ao objeto indireto da ação)

Recebi os negativos e enviei-os ao laboratório. (“os” = pronome oblíquo átono da terceira pessoa do plural que está substituindo a palavra “negativos”, o objeto direto da ação)

PRONOMES OBLÍQUOS TÔNICOS


SINGULAR
PLURAL
primeira pessoa
mim
nós
segunda pessoa
ti
vós
terceira pessoa
ele, ela, si
eles, elas, si

OBSERVAÇÕES

1. Os pronomes do caso oblíquo tônicos são sempre precedidos por preposições como a, até, contra, de, em, para, por, sem (a combinação com com alguns desses pronomes originou as formas especiais comigo, contigo, consigo, conosco e convosco). As preposições essenciais introduzem sempre pronomes pessoais do caso oblíquo e nunca pronomes do caso reto.

Exemplo:

Não há mais nada entre mim e ti.  

2. Há construções em que a preposição, apesar de surgir anteposta a um pronome, serve para introduzir uma oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos, o verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um pronome, deverá ser do caso reto:

Exemplo:

 Trouxeram várias peças para eu verificar.

3. As formas conosco e convosco são substituídas por com nós e com vós quando os pronomes pessoais são reforçados por palavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou algum numeral:

Exemplos:

Você terá que viajar com nós todos.
Ele disse que iria com nós três.

4. O pronome si é exclusivamente reflexivo no português do Brasil. O mesmo ocorre com a forma consigo.

Exemplos:

Ele é muito egoísta: só pensa em si.
Ela freqüentemente conversa consigo mesma em voz alta.

2.3         PRONOMES DE TRATAMENTO

São pronomes que, apesar de indicarem a pessoa a quem se está dirigindo a palavra (portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pessoa.

Pronome de tratamento
Abreviatura
Usado para dirigir-se a
Vossa Alteza
V. A.
príncipes e duques
Vossa Eminência
V. Em.ª
Cardeais
Vossa Excelência
V. Ex.ª
altas autoridades e oficiais-generais
Vossa Magnificência
V. Mag.ª
reitores de universidades
Vossa Majestade
V. M.
reis, imperadores
Vossa Santidade
V. S.
Papa
Vossa Senhoria
V. S.ª
tratamento cerimonioso

OBSERVAÇÕES

1. As formas da relação acima são usadas para designar a segunda pessoa; para designar a terceira pessoa, é necessário substituir Vossa por Sua, obtendo os pronomes Sua Alteza, Sua Eminência, Sua Excelência, etc.

2. Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. O senhor e a senhora são empregados no tratamento cerimonioso; você e vocês, no tratamento familiar. Você e vocês são largamente empregados no português do Brasil, praticamente substituindo as formas tu e vós.

3. Os pronomes de tratamento utilizam o verbo e outros pronomes de terceira pessoa:
Exemplo:

Vossa Excelência decidiu apresentar seus projetos?

PRONOMES POSSESSIVOS

São aqueles que indicam aquilo que pertence a cada uma das pessoas gramaticais do discurso:

Singular:
1ª pessoa: meu, minha, meus, minhas
2ª pessoa: teu, tua, teus, tuas
3ª pessoa: seu, sua, seus, suas

Plural:
1ª pessoa: nosso, nossa, nossos, nossas
2ª pessoa: vosso, vossa, vossos, vossas
3ª pessoa: seu, sua, seus, suas

Leia os versos a seguir de uma canção de Lenine

Ela é minha festa
Meu requinte
A única ouvinte
Da minha rádio nacional

Ela é minha sina
O meu cinema
A tela da minha cena
A cerca do meu quintal


        Observe que a letra da canção é uma homenagem que o eu lírico faz à mulher amada. Para dar uma ideia do que ela representa para ele, o eu lírico utiliza várias metáforas, associando a mulher a elementos de seu mundo: “minha festa”, “meu requinte”, “minha sina”, “meu cinema”, etc.
        Palavras como minha e meu indicam posse e concordam em gênero e número com a coisa possuída – festa, requinte, sina, etc. – e também com a pessoa que fala, ou seja, com o eu lírico, que é 1ª pessoa.
        Meu e minha são pronomes possessivos.
       
Nas expressões “minha festa”, “meu requinte”, “minha sina”, “meu cinema”, etc. da canção, minha e meu acompanham substantivos e, por isso, são pronomes possessivos adjetivos.

Quando o pronome possessivo substitui um substantivo, ele é pronome possessivo substantivo. Veja:
        Meu carro está sem estepe. (pronome adjetivo)
        O seu tem estepe? (pronome substantivo)

PRONOMES DEMONSTRATIVOS

        São aqueles que situam pessoas ou coisas em relação às três pessoas gramaticais do discurso. Essa localização pode se dar no tempo, no espaço ou no próprio texto.
       
        Pronomes demonstrativos variáveis: este, esta, estes, estas, esse, essa, esses, essas, aquele, aquela, aqueles, aquelas.

        Pronomes demonstrativos invariáveis: isto, isso, aquilo.

Para empregar os pronomes demonstrativos adequadamente, é necessário considerar as pessoas do discurso e aquilo que se fala ou se escreve.

Veja:

Em relação ao espaço:

Este(s), esta(s) e isto indicam o que está perto da pessoa que fala:
Este relógio de bolso que eu estou usando pertenceu a meu avô.

Este aqui é Graciliano Ramos, meu escritor preferido.


Esse(s), essa(s) e isso indicam o que está perto da pessoa com quem se fala:

Traga-me essa fotografia de Graciliano Ramos que está ao seu lado. 
Mamãe, passe-me, por favor, essa revista que está perto de você.

Aquele(s), aquela(s) e aquilo indicam o que está distante tanto da pessoa que fala como da pessoa com quem se fala:

Aquela fotografia naquela parede é de Graciliano Ramos.

Olhem aquela casa. É um exemplo da arquitetura colonial brasileira.

Em relação ao tempo:

Este(s), esta(s) e isto indicam o tempo presente em relação à pessoa que fala:
Esta tarde irei ao supermercado fazer a compra do mês.

Esse(s), essa(s) e isso indicam o tempo passado, mas relativamente próximo à época em que se situa a pessoa que fala:
Essa noite dormi mal, tive pesadelos horríveis.

Aquele(s), aquela(s), aquilo indicam um afastamento no tempo, referido de modo vago ou como tempo remoto:
Naquele tempo, os filhos das classes abastadas iam estudar em Portugal.

Em relação ao falado ou escrito ou ao que se vai falar ou escrever:

Este(s), esta(s) e isto são empregados quando se quer fazer referência a alguma coisa sobre a qual ainda se vai falar:
São estes os assuntos da reunião: informes gerais, discussão do uso das quadras nos intervalos entre as aulas, abertura da cantina aos sábados.

Esse(s), essa(s) e isso são empregados quando se quer fazer referência a alguma coisa sobre a qual já se falou:
Sua participação nas olimpíadas de Matemática, isso é o que mais desejamos agora.

Este e aquele são empregados quando se faz referência a termos já mencionados; aquele para o referido em primeiro lugar e este para o referido por último:
Pedro e Paulo são alunos que se destacam na classe: este pela rapidez com que resolve os exercícios de Matemática; aquele pela criatividade em produção de textos.
       
Observe que:

para “Este”, empregamos o advérbio de lugar aqui. (perto do falante).

para “essa”, empregamos o advérbio de lugar . (perto do ouvinte).

Para “Aquela”, empregamos o advérbio de lugar . (longe do falante e do ouvinte).

São também pronomes demonstrativos o, a, os, as, quando equivalem a isto, isso, aquele, aquela, aqueles, aquelas; mesmo, próprio, quando reforçam pronomes pessoais ou fazem referência a algo expresso anteriormente; tal e semelhante, quando equivalem a esse, essa, aquela:

Exemplos:
Imagino o que ela já sofreu. (= aquilo)

Eu mesma vi a cena repetir-se. (= Eu)

Em tais ocasiões é preciso prudência. (= essas)

PRONOMES INDEFINIDOS


Observe que na frase “A gente tem ótimas sugestões para quem não está a fim de fazer nada”, a palavra quem se refere de modo genérico às pessoas que não estão a fim de fazer nada.
A palavra quem é um pronome indefinido.

Pronomes indefinidos são aqueles que se referem a substantivos de modo vago, impreciso ou genérico.
Os pronomes indefinidos podem ser variáveis, isto é, sofre flexão de gênero e número, como, por exemplo, alguns meninos, certas atitudes, ou invariáveis, como, por exemplo, cada menino, cada menina, alguém.
Os indefinidos podem também, como a maior parte dos pronomes ser pronomes substantivos e pronomes adjetivos.

Veja: Certas pessoas agem como se nunca tivessem nada a perder.
Certas: pronome indefinido adjetivo.
nada: pronome indefinido substantivo.

Eis o quadro dos pronomes indefinidos de nossa língua:

PRONOMES INDEFINIDOS

Variáveis
Invariáveis
algum, nenhum, todo, outro, muito, pouco, certo, vário, tanto, quanto, qualquer
Alguém, ninguém, tudo, outrem, nada, cada, algo

        Os pronomes indefinidos também aparecem na forma de locuções: cada um, cada qual, qualquer um, seja qual for, seja quem for, todo aquele que, etc.

PRONOMES INTERROGATIVO

Leia este poema de Fernando Pessoa:


Mais triste do que acontece
É o que nunca aconteceu.
Meu coração, quem o entristece?
Quem o faz meu?
Na nuvem vem o que escurece
O grande campo sob o céu,
Memórias? Tudo é o que esquece.
A vida é quanto se perdeu.
E há gente que não enlouquece!
Ai do que em mim me chamo eu!

(Obra poética. Rio de Janeiro: Aguilar, 1963. P. 522)

        A palavra quem, empregada no 3º e no 4º versos do poema, refere-se a uma pessoa de forma indefinida, genérica e imprecisa. Entretanto, além de indefinir, ela tem a função também de interrogar, perguntar sobre a identidade do ser agente da tristeza sentida pelo eu lírico.
        Quem é um pronome interrogativo.

     Pronomes interrogativos são os pronomes indefinidos que, quem, qual e (o) que quando empregados em frases interrogativas.
        Os pronomes interrogativos podem aparecer tanto em perguntas diretas quanto em indiretas e ser empregados como pronomes substantivos e como pronomes adjetivos.
       
        Veja: 

        Que horas são? (interrogativa direta) = pronome interrogativo adjetivo.

        Gostaria de saber quem falou na reunião. (interrogativa indireta) pronome interrogativo substantivo.


FUNÇÃO SINTÁTICA DOS PRONOMES

        Os pronomes possessivos, demonstrativos, indefinidos e interrogativos, quando são adjetivos, desempenham a função de adjunto adnominal; quando são substantivos, desempenham as funções próprias dos substantivos, ou seja, de sujeito, objeto direto, objeto indireto, etc.

Veja os exemplos:

Empreste-me seu caderno. Esqueci o meu em casa.
seu: pronome possessivo adjetivo = adjunto adnominal
meu: pronome possessivo substantivo = objeto direto

Ninguém imaginava quem era aquele ilustre visitante.
Ninguém: pronome indefinido substantivo = sujeito
quem: pronome interrogativo substantivo = sujeito
aquele: pronome demonstrativo adjetivo = adjunto adnominal


PRONOMES RELATIVOS

Leia este texto:

        Sempre me perguntei se a água que gostosamente mata a sede vem do mesmo coco que se rala. Explica meu consultor para assuntos baianos, José Frazão [...]: a água vendida vem mais do que coqueiro-anão, aqui introduzido na primeira metade do século 20. Chega aos quatro metros e seu coco verde fornece a água e a fina polpa que se come de colher. Quando amadurece, diz frazão, o pé em geral não segura a penca. Os cocos caem, inaproveitáveis.
        Já o coqueiro-da-baía, com cinco séculos de Brasil, que sobe a 30 metros, além da água do fruto verde, dá o coco maduro, da casca marrom. Com este é que preparamos delícias como moqueca, arroz de coco, cuscuz. Frazão ensina: pela cor da palha em cima da penca, o nordestino é capaz de distinguir o coco pururuca, maduro, mas ainda tenro, com o qual se faz a cocada mais tenra. [...]

(In Mylton Severiano. Brasil: Almanaque de cultura popular, nº 109)

        A frase que inicia o texto poderia também ter esta redação:

Sempre me perguntei (1ª oração)
se água vem do mesmo coco (2ª oração)
a água gostosamente mata a sede (3ª oração)
o coco se rala. (4ª oração)

        Observe que, nessa redação, o texto ficaria confuso, repetitivo e menos direto. Para se evitar isso, é possível substituir as palavras repetidas pela palavra que.
        Quando substitui uma palavra ou expressão antecedente, isto é, já mencionada, a palavra que é um pronome é um pronome relativo.
        Pronome relativo é aquele que liga orações e se refere a um termo anterior – o antecedente.

Eis o quadro dos pronomes relativos:

PRONOMES RELATIVOS

Variáveis
Invariáveis

o qual, os quais, a qual, as quais, cujo, cujos, cuja, cujas, quanto, quantos, quanta, quantas


Que, quem, onde

        Os pronomes relativos podem ser precedidos ou não de preposições.

        Veja:
       
[...] seu coco verde fornece a água e a fina polpa que se come de colher
[...] o nordestino é capaz de distinguir o coco pururuca, maduro, mas ainda tenro, com o qual se faz a cocada mais tenra.
com: preposição

FUNÇÃO SINTÁTICA DOS PRONOMES RELATIVOS

        Os pronomes relativos assumem um duplo papel no período: representam um antecedente e servem de elementos de subordinação na oração que iniciam. Por isso, sempre desempenham nas orações que iniciam uma função sintática, que pode ser de sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, adjunto adnominal, adjunto adverbial, complemento nominal e agente da passiva.

Observe:

O remédio custa muito caro. Eu preciso do remédio. (do remédio = objeto indireto)

O remédio de que preciso custa muito caro. (que = objeto indireto)

O pronome relativo cujo funciona geralmente como adjunto adnominal; o relativo onde como adjunto aderbial.

A família a cujo imóvel se referem mudou-se do Brasil. (cujo = adjunto adnominal: refere-se à família)

A cidade onde nasci é muito calma e agradável. (onde: adjunto adverbial)


Fonte: Português – Linguagens – volume 2: William Roberto Cereja & Thereza Cochar Magalhães
  



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