quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017




C.E.E.J.A. “Prof. Norberto Soares Ramos” Sorocaba – SP.

 


Reforçando o aprendizado:
Aprenda a estudar


             Estudar exige mais do que paciência e força de vontade. Estudar requer também, muita disciplina e o domínio de algumas técnicas – às vezes, simples – para que o aprendizado seja feito com a máxima eficiência e o mínimo de tempo.

                       
Como ler bem


         “Ler um livro é estabelecer um diálogo animado pelo desejo de compreender. Nossa leitura deve ser governada por um princípio fundamental de respeito à voz que nos fala no livro. Não temos o direito de desprezar um livro só porque contradiz nossas convicções, como também não devemos elogiá-lo incondicionalmente se estiver de acordo com elas.” (Prof. Armando Zubizarreta)

         Qualquer leitor, portanto, tem como primeiro desafio o de estar pronto para ler: disposto a aprender e aproveitar a leitura. Mesmo em caso de tratar-se, à primeira vista, de mera tarefa e não de algo que possa lhe dar prazer. Essa preparação exige dois pré-requisitos: prestar atenção e evitar a avidez. Devorar centenas de páginas não leva a nada.

         Você vai ler? Saiba então que a compreensão de um texto exige mais do que o simples correr dos olhos sobre as letras. Comece por escolher um local tranquilo, confortável, bem iluminado. E não se apavore em caso de não conseguir entender tudo de imediato. A compreensão depende do nível cultural do leitor, que vai se ampliando a cada nova leitura.

         Recomenda-se, em geral, que não se passe ao parágrafo seguinte sem ter entendido bem o anterior. Isso você pode conseguir, voltando e relendo o trecho quantas vezes forem necessárias e, se preciso, recorrendo a dicionários e enciclopédias. No entanto, não se deve interromper demais a leitura. Por isso, conforme-se em aprender o significado geral, sabendo que, com o hábito de ler, essa tarefa vai ficar cada vez mais fácil.

         Lembre-se sempre que um mínimo de disciplina é indispensável ao leitor que quer ou precisa aprender. A leitura, para ser mais produtiva, pode ser dividida em fases:

         Faça um reconhecimento do texto para saber de que assunto trata. Mesmo no caso de romance é bom ter uma ideia do tema central.

         Procure isolar as informações principais. Para isso, é bom sublinhar ou assinalar passagens.

         Ao encontrar expressões especializadas, (de Medicina, Direito, etc.) procure conhecer e anotar seus significados. Assim, além de aumentar seu vocabulário, você conseguirá uma correta interpretação de sua leitura.

         Procure separar os fatos das interpretações que o autor faz deles. Retome as informações essenciais que foram isoladas anteriormente, para saber que relações existem entre elas.

         Assim, você estará pronto para estabelecer suas próprias ideias sobre o texto. Mas lembre-se: o trabalho intelectual exige rigor. Por isso, nunca é demais voltar ao texto, reler e aperfeiçoar a leitura.


Como tomar notas


         A escrita é um poderoso instrumento para preservar o conhecimento. Tomar notas é a melhor técnica para guardar as informações obtidas em aula, em livros, em pesquisas de campo. Manter os apontamentos é fundamental. Logo, nada de rabiscar em folhas soltas. Mas também não se deve ir escrevendo no caderno tudo que se ouve, lê ou vê. Tomar notas supõe rapidez e economia. Por isso, as anotações devem ser:

a) suficientemente claras e detalhadas, para que sejam compreendidas mesmo depois de algum tempo;

b) suficientemente sintéticas, para não ser preciso recorrer ao registro completo, ou quase, de uma lição.

Anotar é uma técnica pessoal do estudante. Pode comportar letras, sinais que só ele entenda. Mas há pontos gerais a observar. Quando se tratar de leitura, não basta sublinhar no livro. Deve-se passar as notas para o caderno de estudos. O aluno tem de se acostumar à síntese: aprender a apagar mentalmente palavras e trechos menos importantes para anotar somente palavras e conceitos fundamentais. Outros recursos: jamais anotar dados conhecidos a ponto de serem óbvios; eliminar artigos, conjunções, preposições e usar abreviaturas.
É preciso compreender que anotações não são resumos, mas registros de dados essenciais.


Como educar a memória


Aprender é uma operação que não se resume a adquirir noções, mas consiste em reter o que foi lido, reproduzir e reconhecer uma série de experiências e pensamentos. Portanto, é imprescindível educar a memória. Logo após o estudo de algum ponto ou matéria, nota-se que o esquecimento também trabalha: a mente elimina noções dispensáveis. Sem disciplina, entretanto, nunca haverá um jogo útil entre memória e esquecimento, entre horas de estudo e horas de descanso.

Para facilitar o aprendizado e fixar na memória os conteúdos aprendidos, basta proceder a uma série de operações sucessivas e gradativas no tempo. Repetir é importante, mas não é só: saber de cor nem sempre vai além de um papaguear mecânico. As técnicas psicológicas de memorização são complexas, mas podem ser utilizadas simplificadamente pelo estudante. Algumas indicações:

a) ler mentalmente e compreender o assunto;

b) reler em voz alta;

c) concentrar a atenção em aspectos específicos: nomes, datas, ambiente, etc.;

d) notar semelhanças, diferenças, relações;

e) repetir várias vezes em voz alta ou escrever os conhecimentos adquiridos (os pontos principais) e, do outro, detalhes referentes cada uma delas;

f) fazer fichas com esquemas que incluam, de um lado, a sequência das noções principais e, do outro, detalhes referentes a cada uma delas;

g) nunca se esquecer de repousar, pois uma mente cansada aprende pouco e retém com dificuldade.


Como estudar em grupo


         Estudar em conjunto é um modo produtivo de fazer render ao máximo o esforço do aprendizado. E há muitas maneiras de os estudantes se ajudarem, mesmo que não se organizem em um grupo. Entre as mais importantes: a comparação dos apontamentos das aulas e das horas de estudo. Assim, trocam-se ideias e verificam-se os pontos fundamentais e os mais difíceis. 

         Dois princípios a serem pensados:

         a) o estudo em conjunto deve refletir uma inteligente divisão de trabalho;

         b) as sínteses não garantem plena compreensão, mas são interessantes como resumo dos conhecimentos adquiridos.

         Quando o estudo em grupo é uma preparação para provas ou exames, o aluno deverá estudar toda a matéria por si mesmo, de modo que o trabalho com os colegas seja apenas uma revisão, uma possibilidade de aprofundamento e, às vezes, de correção dos pontos.

         Algumas possibilidades de organização e divisão de trabalho no grupo:

         cada um estuda partes diferentes de um assunto e traz para serem fundidas na reunião;

         cada um estuda e consulta fontes sobre o mesmo assunto e expõe ao grupo, para uma comparação e aprofundamento;

         cada um estuda um ponto de um capítulo e faz seu relatório ao grupo, debatendo ou respondendo a perguntas depois.

         É a voz corrente entre professores que a melhor maneira de aprender uma matéria é ensiná-la aos outros. Os alunos podem comprovar isso nas exposições orais de suas reuniões de grupo e toda vez que um colega vier pedir auxílio.


Como fazer uma redação


         Comunicar, eis a principal finalidade de uma redação. Ou seja: dizer algo, por escrito, a alguém. Mas o quê? A primeira operação para redigir um tema é compreender corretamente o enunciado contido no título. Um exame cuidadoso do título proposto dá ao estudante a exata delimitação do assunto, permite-lhe perceber imediatamente como desenvolver o pensamento para não fugir do tema. E conduz ao segundo passo: fazer um esboço do que vai ser dito.

         Há quem prefira esboçar o tema mentalmente. Nunca é demais, porém, o cuidado de anotar o plano, de modo que seja fácil segui-lo depois. Fazer um esboço depende, é claro, do conhecimento que o aluno tem sobre o assunto. Um recurso infalível é o da divisão em três partes: introdução, desenvolvimento, conclusão.
Começa-se por chamar a atenção do leitor para o assunto, digamos, “A descoberta do Brasil”, falando sobre a situação de Portugal no século XV, o florescimento cultural, a Escola de Sagres e as técnicas de navegação ali aperfeiçoadas. É a introdução que conduzirá ao desenvolvimento: a frota de Cabral, seus objetivos, a viagem e seus problemas, a chegada a Porto Seguro, a comunicação da descoberta. Conclui-se de modo a evidenciar a importância que foi atribuída ao fato na época, podendo-se adiantar algo sobre o significado que teria depois.

Na exposição de assunto científico ou de caráter interpretativo, é bom lembrar que o sistema é: antecipar o que se vai provar, provar o que havia proposto e enunciar o que já se provou. Nunca deixar, também, de enumerar em estrita ordem alfabética, todas as fontes e toda a bibliografia utilizada para compor o trabalho. Depois de tudo escrito, a tarefa ainda não terminou. A redação, feita em casa ou em classe, deve ser revista. É preciso ver se foram utilizadas as palavras mais expressivas, se não há erros de grafia, se a pontuação foi bem feita. É muito importante não se confundir o tema com o título; o tema é a proposta que deverá ser desenvolvida, e o título deve ser dado pelo redator, ou seja, o aluno.

 Não se exige de ninguém um texto literariamente perfeito, mas escrever corretamente é obrigação. 


Características de uma boa redação


1. Não fugir do tema proposto.

2. Concisão: ser preciso, sucinto, não “encher linguiça”.   

3. Coesão ou coerência: ligação, harmonia entre os fatos ou ideias.

4. Correção: escrever conforme as normas cultas da língua portuguesa.

5. Estética: escrever um texto que seja legível e sem rasuras.


A leitura do texto acrescentou informações ao seu modo de estudar? Comente.






          
 


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