quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Redação-dissertação



PORTUGUÊS - REDAÇÃO




DISSERTAÇÃO


            É uma forma de se dar opinião sobre os fatos que nos cercam, através da posição que assumimos diante deles, seja pela concordância ou não do pensamento dos outros. Para isso, nos valemos das leituras, das conversas com outras pessoas, de nossa vivência e, através de uma ordenação coerente e lógica do nosso pensamento, teremos condições de argumentar com clareza e precisão. 

ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO
  
            É constituída de introdução, desenvolvimento e conclusão.
            A introdução normalmente ocupa o primeiro parágrafo, e deve conter a ideia principal a ser desenvolvida. Chama-se tese.
            O segundo e o terceiro parágrafos se ocupam da exposição dos argumentos que vão fundamentar a ideia principal. Chama-se desenvolvimento.
            No parágrafo final ocorre a conclusão que é a retomada da ideia principal. Como ela já foi fundamentada no desenvolvimento, deve aparecer de forma mais convincente Chama-se síntese.


TEMA DISSERTATIVO

            Os temas indicados para o desenvolvimento de uma dissertação, em sua maioria, são amplos: adolescência, violência contra os índios, racismo, drogas etc. Assim, faz-se necessária a sua delimitação.
            Após delimitar o tema a ser desenvolvido, é preciso estruturar o texto; o parágrafo de abertura é fundamental, precisa ser claro e chamar a atenção para os objetivos do texto e o plano de desenvolvimento.
            Veja como Joel Rufino dos Santos introduz uma das partes de seu livro O que é racismo:
            “O racismo não é produto de metas desequilibradas como ingenuamente se pode pensar”.
            Note como o autor delimitou muito bem os aspectos que vai abordar, chamando a atenção do leitor para o que pretende demonstrar: é ingenuidade e tolice acreditar que o racismo resulta de desequilíbrio mental.

            O parágrafo de conclusão deve sintetizar o objetivo proposto na introdução acrescido da argumentação básica colocada no desenvolvimento. Veja o exemplo retirado de uma coletânea do vestibular da Unicamp-SP. O parágrafo de conclusão está sublinhado.
            “Uma das angústias do vestibular está em que ele exige, da parte do estudante quando ele tem 18 ou 19 anos, uma definição clara daquilo que ele vai ser para o resto da vida. Ajudaria muito se tal definição não fosse exigida: se o ingresso na universidade fosse a ocasião para o aluno tomar contato com as várias possibilidades.
            É irracional pedir que alguém tenha idéias claras e decisões tomadas sobre algo que nunca experimentou”.



COESÃO E COERÊNCIA


            Para que um texto seja coeso é preciso empregar adequadamente os conectivos e estabelecer uma sequência lógica para o desenvolvimento.
            Para que haja coerência é preciso atenção quanto à redundância, à repetição desnecessária de palavras, expressões ou ideias, que torna os textos confusos e mais extensos do que o necessário. A ambiguidade dificulta o entendimento do texto. Veja a frase retirada de um vestibular da Fuvest-SP: “O menino viu o incêndio do prédio”.
            Qual é o significado real daquilo que se quis dizer? O menino viu o prédio “pegando fogo” ou ele estava num prédio quando viu o incêndio acontecendo em outro local?
            Assim, a coesão e a coerência são os principais responsáveis pela falta de clareza dos textos. Um trecho confuso significa uso inadequado de conectivos, ambiguidades, repetições, isto é, falta de encadeamento lógico.
            Até agora falamos da introdução e da conclusão de um texto dissertativo. Vejamos, agora, as possibilidades de se desenvolver uma argumentação.
            O desenvolvimento pode ser feito por causa e consequência: causa é o fato que provoca / justifica o que foi dito na ideia principal; consequência é o fato decorrente do que foi falado na ideia principal.
            Uma outra forma para desenvolver esse parágrafo é através de exemplos: o autor procura confirmar uma teoria, ilustrar regra e comprovar uma afirmativa pessoal. Também é recurso valer-se de definições e/ou conceitos com os quais se vai trabalhar.
            Uma das muitas maneiras de emitir nosso ponto de vista é contra-argumentar, isto é, refutar argumentos alheios. Para tanto, precisamos ter apoio de dados estatísticos, de filósofos e outros pensadores.

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Sorocaba, 9 de novembro de 2016.

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